sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Trinta reais do bico. Trinta reais do traficante.


Observando as discussões e publicações em fóruns na internet, além de algumas conversas tidas com colegas policiais de vários estados do Brasil, fica claro que há um sentimento nacional de receio entre os policiais por causa da possibilidade de sofrerem atentados em virtude de sua condição profissional –  principalmente os militares, que trabalham fardados diuturnamente. Os exemplos de São Paulo e Santa Catarina por enquanto têm servido de ameça às demais polícias brasileiras.
Se por um lado é preciso ter cautela e faro para as informações que nos chegam, nem sempre oriundas de fontes confiáveis, por outro é prudente estar atento às possibilidades de eclosão de crises locais, alinhadas ou não com os crimes que ocorrem em outros estados. Por imitação, delinquentes podem se aventurar em empreitadas semelhantes, mesmo que se diga com algum grau de certeza que um movimento criminoso regional ou nacional não seria possível (tese que pode ser colocada em questão com as capacidades atuais de comunicação, por exemplo).
O fato é que esta insurgência do crime está prevista na gama de desdobramentos da atividade policial: quem cumpre a lei contra alguém tende a desagradar, e nem sempre se dobra à ação policial legítima. Assim, todos nós, policiais, sabemos que determinados ambientes, posturas e comportamentos são arriscados para quem atua desagradando aqueles que se encorajam contra a lei.
Aqui cabe uma ressalva, que se refere aos diferentes matizes que este cenário aparentemente simples pode assumir. Nem sempre policiais mortos são policiais que cumpriam a lei. Nem sempre policiais mortos morreram por sua condição de policial. Esta confusão, porém, não anula o óbvio e absurdo extermínio de policiais que está ocorrendo em algumas partes do país – simplesmente por ser policial.
Se os policiais têm consciência de que represálias à sua ação legal podem ocorrer durante sua carreira, sendo esta até uma “naturalidade infeliz” decorrente da profissão, os gestores das polícias e os governantes não podem encarar este aspecto como desprezível. É preciso dar demonstrações claras à tropa de que há apoio e resguardo à sua vida. Sem descuidar de fatores centrais na prevenção à morte de policiais, que vai desde a valorização salarial, garantindo moradia e transporte digno, isentos de áreas conflagradas e exposição a ‘bicos’ precários, até a limpeza ética das polícias, já que policiais envolvidos com o crime organizado podem ser estopins de crises como a que se vive atualmente.
Há policiais no Brasil que vigiam particularmente ruas por R$30 reais a noite. Há policiais no Brasil que roubam R$30 reais de traficantes para não prendê-los. Ambos são alvo do crime que tenta atacar policiais. Por motivos distintos.
Autor:  - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. | Contato: abordagempolicial@gmail.com
Fonte: Blog Abordagem Policial

CURSO DE EXPLOSIVOS EM SÃO PAULO, PARA CRIMINOSOS PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL INFILTRA CRIMINOSOS EM CURSO DE EXPLOSIVOS


O PCC (Primeiro Comando da Capital) infiltrou integrantes em cursos que ensinam a manusear explosivos, realizados em pedreiras do Estado de São Paulo. A informação consta de investigações da Polícia Federal e do setor de inteligência do Exército.Os documentos, sigilosos, informam que o objetivo da facção é aumentar a eficácia de suas ações em explosões de caixas eletrônicos.
Suspeita-se, no entanto, que a técnica também possa ser 
usada pelos criminosos para atacar policiais.
O treinamento para o uso de explosivos pode estar sendo feito
 por membros do PCC há, pelo menos, quatro anos.
HISTÓRICO
A Polícia Civil de São Paulo chegou a investigar, em 2008, essa 
prática da facção.
A apuração parou porque, na época, os policiais não tinham
 o acesso ao sistema que permite a pesquisa sobre os 
sócios das empresas que ministram os cursos -chamados de 
"blasters" ou de "cabo de fogo".
A equipe de policiais produziu, então, um documento 
e encaminhou à Secretaria da Segurança Pública do 
governo de São Paulo.
O relatório mostra que de 145 inscritos nos cursos de 
manipulação de explosivos em pedreiras 13 tinham ficha na
 polícia por tráfico de drogas e por roubo.
A Polícia Federal retomou o levantamento e trocou informações 
com o Exército.
ROUBOS
A preocupação cresceu com os constantes roubos de 
explosivos no Estado.
Neste ano, pouco mais de uma tonelada de dinamite foi levada 
por assaltantes em São Paulo.
Não há notícias de que esses explosivos tenham sido recuperados.
 Em 2010, mais uma tonelada foi roubada, além de 11 
quilômetros de pavio e 568 espoletas,responsáveis por acionar
 a detonação da dinamite em gel.
A suspeita é de que os explosivos estejam sendo enviados também
 para outros Estados do país.
Nos cursos, os criminosos se aproveitariam da falta de 
controle das pedreiras que permitem a inscrição de 
qualquer pessoa.
Das 160 pedreiras que existem em São Paulo, só metade 
segue uma série de determinações do Exército.
Entre as exigências estão o controle sobre quem são os alunos 
que se inscrevem.
"Temos um controle sobre nossos associados, mas há outras
 pedreiras, menores, que podem não estar seguindo essas regras
 de segurança. Aí, a gente não pode fazer muita coisa", afirmou 
Osni de Mello, assessor técnico do Sindipedras (Sindicato de
 Indústria de Mineração e Pedra Britada de São Paulo). 
Oficialmente, a Comunicação Social da Região Militar,
 responsável pelo Estado de São Paulo, informou não 
possuir informação de que o PCC infiltre pessoas em cursos
 de explosivos em pedreiras.
Declarou ainda que a Polícia Federal levanta a ficha criminal 
das pessoas inscritas nestes cursos.
A Polícia Federal não comentou o assunto.
SUL DE MINAS
Analistas da PF investigam o ataque ao Batalhão da Polícia 
Militar, na semana passada, em Campo Belo, sul de Minas Gerais. 
As informações indicam que a facção recrutou jovens para atacar a PM. 
Vários carros de policiais, estacionados no pátio do batalhão, 
foram atingidos.
A Polícia Militar de Minas Gerais se referiu à ação em Campo 
Belo como "ataque do tráfico", mas não citou o Primeiro 
Comando da Capital.
Fonte: Folha de S.Paulo

Guarda Municipal de Cosmópolis adquirirá novas viaturas


Segundo o secretário de segurança pública e trânsito Dr. Carlos Alexandre Braga, a Guarda Municipal fará a aquisição de novas viaturas para patrulhamento do município.
A verba para a compra veio através de parceria feita com a AGENCAMP.
Uma das empresas que veio até o município trazer viaturas para a apreciação do secretário foi a Polsec.
A empresa trouxe uma viatura com sistema de câmeras integrado que pode transmitir imagens do patrulhamento ao vivo para uma central como que já existe no município. A viatura também é equipada com impressora e rádio de comunicação de última geração.
As seis câmeras da viatura podem ser operadas através de um joystick conduzido pelo encarregado da viatura.
Segundo Braga, a compra de novas viaturas ainda está em fase avaliação dos equipamentos e outras viabilidades, podendo assim receber a visita de outras empresas do ramo.